terça-feira, 24 de agosto de 2010
Lavra, dio!
Com medo de matar a poesia, tomei uma pílula
Deixa para que me reiventasse
Rezei para que nem todos os dias fossem quadrados
E antes mesmo que o corpo ereto virasse horizontal de cansaço
Sentei e encarei a rotina.
Fez-se o duelo.
Como uma mãe loba disse:
"vá te embora hora vazia.Que aqui nesse peito há sempre poesia".
Que venham as contas do fim do mês
E o tempo que passa e foge a minha lucidez
Que no fundo dos meus olhos, há entranha de mundo
E sempre se chora a saudade do tempo vadio
Aqui na cidade, não se ara a terra
Mata os relógios
Tempo é sinônimo de dinheiro
No imundo dos homens
Já não gosto tanto do que escrevo.
Sonhando acordada, ou trabalhando deitada
Durmo à noite pra viver
Visitar a praia em frente
Distante vizinha que nunca me vê
A pessoa nasce para o que é?
Porque arredia de mim
Me misturei por inteiro
Agora faço matemática com as palavras
E erro a soma
Será + ou - o que me consome?
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2 comentários:
A vida de gente grande é complicada.. bonito texto muito bem construido!!
sempre mais. linda!
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