Atenção:
O Outra Primavera está encerrando as atividades aqui.
Uma versão novinha em folha está funcionando na seguinte página:
www.outraprimavera.com
Todas as postagens de Luana Laux, Maria Karina, Patricia Moreira e Raquel Galvão (essa que vos fala) foram transferidas para o novo endereço.
Continuamos colaborando por lá e ampliando a nossa capacidade de trabalhar o coletivo de literatura, fotografia, audiovisual, comunicação em geral e o que mais surgir...
Agradecemos aos leitores pela atenção sempre dispensada!!!
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
de noite ardo
Enquanto pude
fui
simulação
co(r)po(s)
Enquanto medo
pude
te olhar com ciúmes
seguindo uma rota, de luz.
Enquanto sou
me amedronto
no amargo que é muito amargo
no tempo que voa
em pequeno, médio e longo prazos.
Enquanto incompleta
estalo:
existe razão para sentir saudade?
"E arrancou a minha pele sem sangue
E partiu encoberto com ela
Atirando-me os poros na cara"
Décio Pignatari
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Au Revoir
Fuga, excessiva.
Tento esquecer que é despedida.
Vomitando banalidades através de palavras
(inapropriadas)
Eu engano, tu enganas, ele...
Ele nem existe.
De fato, eu me engano.
Tu foges.
E a poesia se revela
como Boa Sorte!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
coletivo
O ápice
tão down
e você
doce, riso.
catarse e também catálise.
de quem observa,
surpresa,
o não
acaso.
E brinda ao caos, abobalhada!
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Ao Ponto
Era só um pedaço de carne
Que queria ser gente
De manias exóticas
Falava de si mesma na 3ª pessoa
Pensava-se como um personagem, ou era abstenção?
Num universo curvo
Tinha o quadrado de ser alguém
Se arrumava, passava perfume
Enfeitava-se de fitas
E se punha pra presente
Nadando o seco, se plantando nas rachaduras
Guiando-se por Planos, eis um destino
Trapaceada pelo verbo Ser
Legitimaram que suas ideias eram perigosas
Mas, no vácuo não conseguia viver,
Não respirava
O imaginado ficou com cara de imaginário
São os atrasos do tempo, ou imaginando demais envelheceu?
A boca seca, o coração inchado
Os anseios de um nordeste inteiro
Vivendo de aresta
Ficou plantada ali
Na dúvida se gomo, ou, se semente
Se transmutou em vida
Que queria ser gente
De manias exóticas
Falava de si mesma na 3ª pessoa
Pensava-se como um personagem, ou era abstenção?
Num universo curvo
Tinha o quadrado de ser alguém
Se arrumava, passava perfume
Enfeitava-se de fitas
E se punha pra presente
Nadando o seco, se plantando nas rachaduras
Guiando-se por Planos, eis um destino
Trapaceada pelo verbo Ser
Legitimaram que suas ideias eram perigosas
Mas, no vácuo não conseguia viver,
Não respirava
O imaginado ficou com cara de imaginário
São os atrasos do tempo, ou imaginando demais envelheceu?
A boca seca, o coração inchado
Os anseios de um nordeste inteiro
Vivendo de aresta
Ficou plantada ali
Na dúvida se gomo, ou, se semente
Se transmutou em vida
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Regozijo
A senhora bonita de 50 e tantos anos acordou numa manhã fria e quis ter direito ao amor.
-Viver assim sozinha, lhe dava certeza de não estar bem..Desejava uma vida que se preocupasse com a sua.
Arrumou o cabelo defronte ao espelho, alisou a pele áspera morena e romanceou com o jovem de 23 que a cortejava há três dias.
Tentou uma. Tentou duas. Até que gozou.
Regozijo pra alma. Regurgitou o cansaço da vida sem graça de tomar remédio.
Esperar os anos e acreditar no grande amor virou um tédio.
Só quando teve com ele a terceira vez, o rapaz amoroso explicou que o lance dele era oferecer seus serviços.
-Como se ela soubesse que aquele amor era promíscuo - sexo pago e com compromisso.
Cabelos ao vento, sorrio.Não obrigada. (Desencanando o encanto).
Beijo na testa pra esquecer. Deu tchau pro pau que atravessou a porta de saída. Feliz pelo reencontro com o orgamo.
-No íntimo, a verdade envelhecia.
Por um instante pensou no julgamento da filha, amadurecida demais aos 20 e já velha antes de completar 30.
Viu no espelho o passado de uma ser o futuro da outra.
Hereditário demais pra ser destino e solitário demais pra ser secular.
Não havia mais tempo de engano. Não lhe interessava mais qualquer coisa que a vida tinha pra lhe dar.
O desejo e a cólera interna era de ter um amor amante.
Que durasse bem mais que o tempo de um revotril..
-Viver assim sozinha, lhe dava certeza de não estar bem..Desejava uma vida que se preocupasse com a sua.
Arrumou o cabelo defronte ao espelho, alisou a pele áspera morena e romanceou com o jovem de 23 que a cortejava há três dias.
Tentou uma. Tentou duas. Até que gozou.
Regozijo pra alma. Regurgitou o cansaço da vida sem graça de tomar remédio.
Esperar os anos e acreditar no grande amor virou um tédio.
Só quando teve com ele a terceira vez, o rapaz amoroso explicou que o lance dele era oferecer seus serviços.
-Como se ela soubesse que aquele amor era promíscuo - sexo pago e com compromisso.
Cabelos ao vento, sorrio.Não obrigada. (Desencanando o encanto).
Beijo na testa pra esquecer. Deu tchau pro pau que atravessou a porta de saída. Feliz pelo reencontro com o orgamo.
-No íntimo, a verdade envelhecia.
Por um instante pensou no julgamento da filha, amadurecida demais aos 20 e já velha antes de completar 30.
Viu no espelho o passado de uma ser o futuro da outra.
Hereditário demais pra ser destino e solitário demais pra ser secular.
Não havia mais tempo de engano. Não lhe interessava mais qualquer coisa que a vida tinha pra lhe dar.
O desejo e a cólera interna era de ter um amor amante.
Que durasse bem mais que o tempo de um revotril..
os mil olhos do cego
“Corre solta suassuna noite
Tocaia de animal que acompanha sua presa
Escravo da sua beleza
Daqui a pouco o dia vai querer raiar”
Suassuna Noite – Pedro Luís
Expressa:
o que é, o que te basta?
Silencia o entardecer.
Enquanto o soul, soul,
corroída por mil olhos (nitroglicerina pura).
Canto poliglota,
de todas as palavras que um dia eu quis escrever,
e da semelhança que você aplica de forma totalmente voluntária,
trocando de personagem como quem troca de roupa.
De cá, brota o quadro do Déjà vu (frames por segundo),
que, sem lamúria,
chama o cheiro,
o sorriso,
multiplicando sentenças e silêncios.
Tudo que vem
e que se transforma surrealmente no que ouso chamar de realidade.
Transcendental:
Let me be!
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