segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tríptico (dobrável)

Sinto cheiro de decepção no ar.

Brindo – em taças cristalinas – momentos fulgazes.

Assombrada, ergo o braço:

pelos coitados e áridos!

Os que nas suas viagens, não se encontram, e, por fim, deparam-se com amarras e dúvidas.


O tempo, nunca suficiente, consegue ressignificar muita coisa.

Também nós e os fatos.

E tudo que fica por ser dito desemboca em:

uma relação ainda mais mecânica;

conversas incrivelmente surreais;

e “ois” com um tom pujante de rejeição.


Balela: futuro repetir o passado?

A citação hoje não tem a menor graça.

Desconhecer o amor é imprescindível.

Principalmente, no seguinte formato:

lua que ri, cor nude e noite bizarra.

2 comentários:

Luana Laux disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luana Laux disse...

bonito texto by. E o cazuza que sempre acaba com a gente. Totlmente necessário. Futuro repetir o passado..isso realmente faz sentido em qualquer tempo e lugar..