Desculpa se te chamei de "frenesi ermo"...Sério!
É que às vezes a pupila se adianta
Masca o freio.
E vai ser difícil pra mim
Quando você me olhar com olhos de
"E você sempre tão cética quando eu vou às estrelas"
Você busca a protagonista do seu filme
Mas, eu sou a voz em over
Nada de ponto final, só vou virar de costas.
Você sai um pouco do quarto, depois volta? Mesmo?
Meus cachos secos e cansados sabem:
Vou ser eternamente condenada ao reino dos amores perdidos
E vou te amar pra sempre por isso
Você vai virar o déjà-vu que nunca acontece...
Você precisa saber:
Eu como mal, tenho medo do tráfego
E sinto saudade de casa na hora do almoço
Eu falo muito.Muito mesmo.Muita opinião
Agora eu vejo: muito ruído, pouco latim
Me sinto transgênica
Tenho que provar o tempo todo que sou coisa
Durmo demais.Apareço demais
Derramo vinho na roupa
Esbanjo.
Esqueço.
Vontade de existir só em silêncio
Íntima de mim
Eu bebi a gente ontem e acordei com ressaca
Te perdi no buraco negro do cotidiano?
Nosso feijão com arroz se abalou?
Não sou capaz de juntar as roupas íntimas e imundas?
Tenho medo de nunca sair de mim
Vendo o "deadline"do meu ânimo me assustei:
Você ainda é o axioma do meu dia
Então, me dança até o fim do romance.
Vou me dessentir de tudo pra entrar em você
Queria ser mãe de mim e evitar os erros
3 comentários:
Muito bacana o texto, Lua. Muito bom te ter por aqui, na nossa primavera.
Beijos
Passei do ser atônito e passeei nas estrelas... Gostei da confusão que se instalou na minha cabeça e do significado que flui daí. Bravo. Belo texto!
"Dance me to the end of love"...
Terminei seu texto cantarolando essa música do Leonard Cohen, catada pele Madeleine Peyroux.
a listinha do "você precisa saber" conquista qualquer perdão!
muito bom!
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