quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Contravenção, contradição: o telefone tocou novamente!

“Que uso o viés para amar
E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida”

Ana C.

Melhor que não me atenda mesmo.
Que não leia o que eu escrevo também.
Melhor.

Mas é que, de repente, me veio esse mal-estar.
E a vontade de estar com você.
Mas melhor que esqueçamos o medo.
Esqueçamos tudo.
O primeiro beijo do ano, as noites quentes de verão, as gargalhadas, os nossos corpos se encontrando, a intimidade...
Ah, deixa pra lá!
As ameaças, inclusive.
Isso tudo é sensibilidade exarcebada.
Mas me desculpe pelas palavras lançadas: não há mais volta.
Culpa e medo, todo mundo tem!
Cumplicidade, ninguém mais.

Não te ligo mais, prometo.
E não sofra.
Não por isso.
Já basta, por aqui.

Não me ligue...
Não me atenda...

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